ESCÂNDALO
AMUNORPI: MINISTÉRIO PÚBLICO AJUÍZA SEIS AÇÕES POR IRREGULARIDADES NA
ADMINISTRAÇÃO
Taidinho vai responder na Vara Criminal; advogado faz defesa de Tânia Dib
As ações pedem, além das sanções por improbidade, ressarcimento ao
erário e indenização por danos morais.
As medidas fazem parte da “Operação Cheque em Branco” e envolvem
irregularidades cometidas pela ex-secretária da Amunorpi, com a complacência de
contadores (Adelita Sanches Garcia e Luciano Matias Diniz) e ex-presidentes da
entidade.
Foram envolvidos o atual presidente, Taidinho Santos, que vai responder
na Justiça (Vara Criminal),os ex-presidentes Eduí Gonçalves, o Dudu(Guapirama), Luiz
Antônio Liechocki(Siqueira Campos) ,Dilceu Bona(São José da Boa Vista) e
Cláudio Rivelino(Joaquim Távora).Estão na lista também Camila Dib, filha de
Tânia,Dartagnan Calistro Fraiz(Ribeirão do Pinhal),Guilherme Saliba( Tomazina),
e Edmar Alboneti, oEdão(Barra do Jacaré),
A Procuradoria-Geral de Justiça designou os promotores de Justiça Kele
Cristiani Diogo Bahena,Joel Carlos Beffa(os dois durante visita de
cortesia ao npdiario), Fabrício Muniz Sabage, Ivan Barbosa Mendes e
para, sob a coordenação da primeira, para atuarem na operação.
Segundo a doutora Kele, coordenadora do Núcleo Regional, o Ministério
Público realizou auditoria na instituição, constatando
diversas irregularidades nos documentos fiscais e contábeis de 2010 até agosto
de 2015.
Foram movimentados, segundo cálculos do npdiario baseados no que já foi investigado, no período,
em torno de sete milhões de
reais.
Apurou-se que a Amunorpi realizava aquisições sem licitações, custeava
estadias para prefeitos em viagens mesmo quando já tinham recebido diárias em
seus municípios, permitia o pagamento de despesas particulares dos funcionários
e não prestava contas aos municípios associados, dentre outras irregularidades.
As ações de improbidade propostas até o momento tratam dos seguintes
objetos: 1) despesas particulares em nome da secretária-executiva contabilizadas
e pagas junto com as despesas da Amunorpi (como vestuário, água e luz de sua
residência, três linhas de telefone móvel e internet, dentre outras); 2)
aquisições de produtos em supermercados para manutenção de sua residência, cujo
uso é incompatível com a finalidade da Amunorpi, mas que foram pagos e
contabilizados com as despesas da entidade (iogurtes, carnes nobres,
champanhes, vinhos, cervejas, pizzas, produtos de higiene pessoal, fraldas
descartáveis etc.); 3) aquisição de peças de vestuário pela Amunorpi para a
secretária-executiva. Conforme pontuado pelo promotor de Justiça Ivan Barbosa
Mendes, as aquisições de roupas se davam nas lojas mais caras de Santo Antônio
da Platina e região e também pela internet, pagas e contabilizadas pela
Amunorpi.
Paralelamente, foram propostas três ações criminais para investigação
dos crimes de apropriação indébita e associação criminosa. De acordo com o
promotor de Justiça Fabrício Muniz Sabage, há outros possíveis delitos ainda
sendo investigados.
Para o promotor de Justiça Joel Carlos Beffa, o caso representa um
divisor de águas para os municípios do Norte Pioneiro, uma vez que a Amunorpi
poderá tomar os rumos para os quais efetivamente foi criada, que é auxiliar na
promoção e no desenvolvimento dos municípios associados.
O advogado César de Mello Junior, a pedido da reportagem, enviou a
seguinte Nota sobre a ex-secretária-executiva, a quem defende
profissionalmente:
A defesa de Tânia Dib, ex-secretária da AMUNORPI, a
respeito do ajuizamento de ações de improbidade e de ações penais, contra
Prefeitos - Atuais e ex-dirigentes da entidade, contra funcionários e a própria
ex-secretária, tem a dizer o seguinte:
1)- Que respeita o trabalho do Ministério Público,
mas refuta as acusações, pois não houve prática de qualquer ato de desvio de
dinheiro para proveito pessoal;
2)- Que as despesas com alimentação, lanches e
vestimentas, se destinavam ao cerimonial e eventos realizados pela entidade e
inclusive a uniformes para funcionários, como sempre ocorreu, nunca tendo havido
qualquer ato de má-fé. Que a entidade mantinha refeitório para seus
funcionários, tudo de conhecimento e autorizado pela diretoria composta pelos
Srs. Prefeitos;
3)- Que Tânia Dib foi secretária da entidade no
período de 2001 a 2015, sendo sempre elogiada e respeitada pelos Srs. Prefeitos
Dirigentes. Que sempre trabalhou sob orientação e ordens da Diretoria da
entidade, sendo que era remunerada por salário e tinha também auxílio moradia e
alimentação, tudo de conhecimento e mediante autorização da Diretoria, desde
quando foi admitida para trabalhar na entidade. Auxílio moradia e auxílio
alimentação são vantagens normais e não representam desvio de dinheiro. Tânia também
se utilizava de um veículo e de telefone da entidade para exercer o seu
trabalho, o que igualmente é normal e fazia parte de seu contrato de trabalho
com a entidade. Aliás esses mesmos instrumentos de trabalho são
disponibilizados a servidores públicos ou da iniciativa privada, não podendo
ser considerados vantagens indevidas.
4)- Há que se salientar ainda, que o próprio fato
de terem sido arrolados nas ações, atuais e ex-prefeitos que compuseram ou
compõem a diretoria da AMUNORPI - tudo isso bem demonstra - que Tania Dib -
trabalhava sob ordens e orientação dos mesmos, nunca tendo agido com má-fé ou
em benefício próprio.
5)- Por fim, Tânia Dib mais uma vez reafirma sua
crença na Justiça e que irá apresentar sua defesa quando para tanto foi chamada
pela justiça, quando espera que os fatos sejam esclarecidos, pois as acusações
não correspondem a realidade dos fatos.
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Leia também:
Fonte: (NP Diário) : http://www.npdiario.com/noticia/19275/escandalo-amunorpi:-ministerio-publico-ajuiza-seis-acoes-por-irregularidades-na-administracao
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